Pois é parece que o mundo caiu sobre a cabeça dos profissionais de venda nos últimos dias.
Mas que desânimo. Até parece que esta crise que vivemos não estava mais que avisada. Parece até que esquecemos que a nossa vida em vendas é de sempre estarmos matando um leão por dia.
É pelo visto tem muita gente que ficou mal acostumado com os resultados dos últimos 3 anos. Aonde as vendas foram invariavelmente puxadas. Não houve um esforço tão grande assim para vender. E agora que a realidade nos trás ao chão, o sentimento de frustração ecoa pela cabeça de todos os profissionais de vendas.
Acho que nesta hora vale sempre lembrar alguns aspectos desta crise, para fazer refletir sobre o nosso momento em vendas. Inicialmente, retomo o comentário que fiz a pouco. Esta crise já não é nova. Ela estourou nos EUA a quase 2 anos. E só acreditou que não iria chegar aqui, quem de fato faz da vida uma eterna torcida. Ela é grave, pelos motivos que todos sabemos. Mas para nós que estamos aqui no Brasil, ela sem dúvida, apesar do tranco nas bolsas e em algumas empresas, tem um contexto menos sistêmico.
Dito de outro jeito. Aqui ela se manifesta mais como algo localizado em setores ou empresas, e menos como algo da estrutura da economia. E isto é evidente. Setores visivelmente sobre-aquecidos, como automóveis e construção civil, vão ser afetados. Vão desacelerar. Mas pudera venderam o que tinham e o que não tinham nos últimos anos. A mesma coisa afeta, de forma menos direta, setores que vinham crescendo em vendas, mas tinham suas margens reduzidas. É o caso do varejo de modo geral. Neste cenário, a falta de capital de giro é absolutamente normal. Então, com o aumento da inflação, a já tradicional política econômica de aumentar juros. Pimba! Íamos ter problemas também nestes segmentos. Por mais que torçamos são sinais de uma realidade que nos cerca.
Mas nem por isto este desânimo que tenho visto junto a alguns colegas é justificável. Primeiro, e talvez o melhor sinal. Há uma convergências de governos do mundo todo, no sentido de manter a economia minimamente aquecida. De não deixar a crise avançar mais do que está. Há também um claro sinal de que grandes sustos no sistema financeiro estão descartados. As autoridades vão agir ao custo que for para manter a tranquilidade do sistema. Mas se não bastasse isto tudo, e neste caso falando em particular da nossa situação no Brasil. Há um fenômeno que me deixa mais tranquilo ainda quanto ao desfecho desta crise. O fato de termos entrada nela por último. Ou seja. Em uma crise, saem primeiro os últimos que entraram nela. É da natureza das coisas.
Portanto meus amigos de vendas. Menos desânimo e mais realismo nas nossas análises. Pois as grandes questões que tem percorrido o nosso universo, pelo menos a uma década, continuam intactas. Estavam adormecidas pelo tradicional horror que temos, de enfrentar os problemas cotidianos que vivenciamos. E por que não dizer também, pois é muito mais fácil torcer para o próximos mês seja melhor do que foi este, do que de fato agir objetivamente para construir uma nova realidade.
Eduardo Faddul
Diretor Comercial da Direct Link
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